sábado, 28 de agosto de 2010

SER PSICÓLOGO

Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso é também uma notável dádiva.

Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar, expressões, e até mesmo o silêncio.

A capacidade de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.

Mas não apenas isso é também um grande privilégio.

Pois não há maior que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo, seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação de que temos instrumentos capazes de favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.

Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas

para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.

Mesmo na contra-esperança, esperar.

E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização.

Que as lágrimas que diante de mim rolarem,pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.

O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão, sua angústia, seus desejos.

Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir que isso só começa quando a gente consegue realmente se conhecer e se aceitar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ADVERSIDADES

As adversidades sempre lhe darão 3 opções:  ficar parado, fugir delas, ou enfrentá-las.

Se voce escolher a última opção, terá que cruzar os caminhos da transformação e operar uma profunda mudança em seus padrões de ver e atuar no mundo. Quando a adversidade aparecer, enfrente-a. Dessa forma você conquistará o direito de ganhar passaporte que o conduzirá ao êxito e à prosperidade.

Interpretando as adversidades, como um desafio a superar, você sentirá vontade de avançar, de seguir em frente. E não se deixará levar por pensamentos e sentimentos que fazem com que se desvie de seus objetivos.

Lembre-se de que a adversidade existe somente para isso: PARA QUE VOCÊ APRENDA E EVOLUA.

E mais: protagonista é aquele que decidiu interpretar a adversidade como uma circunstância e um aprendizado de vida. É aquele que escolheu a inteligência e a esperança, ao invés da auto piedade e desespero

NÃO É POR ONDE VOCÊ COMEÇA QUE CONTA, MAS AONDE VOCÊ QUER CHEGAR!!!!!!!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O TEMPO PASSA

Na próxima curva, encontro-me com o sofrimento novamente
Disfraçado, com outra roupagem
Outros motivos, novos personagens
Mas reconheço sua face
Será que me iludi, acreditando, que já estava tudo resolvido?
Desespero, angustia, raiva, dúvida, insegurança
A velha culpa, em mim mesma ou procuando alguém a quem culpar
Como diz uma amiga minha: " A culpa é minha, e dou para quem quiser"
Você quer a minha culpa? Indica alguém?
Tem sempre alguem disposto a assumir a culpa.

Andei por uma rua e havia um buraco profundo na calçcada.
Caí dentro do buraco
Gritei, estou perdido
Não tive nenhuma ajuda
Porém, a culpa não é minha, mas do buraco.
Levei tempo para sair dali.
Andei pela mesma rua, havia um buraco profundo na calçada.
Fingi que não o v, e caí novamente
Não posso crer que estou de novo no mesmo lugar, mas a culpa não é minha,
mas do buraco.
Vou lutar e sair daqui.
Andei pela mesma rua; ainda há um buraco profundo na calçada.
Vejo que o buraco ainda esta ali
E, por um descuido, caio novamente dentro dele
Isso se torna um hábito.
Meus olhos estão abertos, mas não vê
Sei onde estou, a culpa é minha.
Vou sair daqui imediatamente
Andei pela mesma rua; ainda há um buraco profundo na calçad, mas consegui passar ao lado.
Sabendo que naquela rua há um buraco, decido ir por outra rua
Estou cansada
Mas agora reconheço
Que todas as formas de fuga me conduzirão ao mesmo lugar: para dentro de mim mesma
Está escuro aqui
Não há nenhum "salvador da pátria"
Todas as palavras que li e ouvi estao soltas
Quantas experiências maravilhosasa eu vivi
Quanta beleza e aprendizado aqui dentro!
Muitas lições foram feitas, outras escondi, adiei.
Entulho que precisa de reciclagem
Acontecimentos e sentiomentos antigos que queto, simplesmente, arquivar
Parece um quebra cabeça à espera de ordem
Agora compreendo que saber não é sabedoria
Muito do que aprendi carece de coerência: manter a palavra e ação na mesma direção.
Será que preciso de decisão firme, corajosa e determinada para ser o EU SOU?

Hei, ten alguem ai?
Espere um pouco
Há rosto conhecido, uma energia que me atrai, a luz pequenina e suave
Aos poucos chega mais perto

Ela abre os braços e com um sorriso acolhedor me convida
"VAMOS NOS CONHECER"?

Este texto, escrevi, com base nas experiências que tive em clinicas de recuperação, e nos relatos de alguns pacientes meus.
Espero que tenha conseguido passar um pouco do dilema que é avida de um dependente químico na ativa, e que de alguma forma, esse texto possibilite uma reflexão de um problema que pela Organização Mundia de Saúde, é considerado um problema de Saúde Pública.

LEMBRETE AOS DEPENDENTES QUIMÍCO, SEJA NA ATIVA OU EM RECUPERAÇÃO:

VOCÊS, NÃO SÃO CULPADOS POR SEREM DEPENDENTES QUÍMICOS, PORÉM SÃO RESPONSÁVEIS PELO USO DE DROGAS.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DESPERTAR

Despertar não significa somente acordar para um novo dia depois de uma noite de sono. Despertar é também acordar para a vida, depois de um longo tempo vivendo em um mundo cruel e traiçoeiro. Mundo repleto de tristezas, decepções, solidão, ódio e ruína. Creio que os dependentes químicos, não estão acordados, estão dormindo em um mundo onde só se tem uma companhia: a escuridão. Ela nos ensina tudo aquilo que nao deveria existir no ser humano. São alguns anos onde as drogas tirarão o brilho dos olhos, o poder de amar e realmente gostar daqueles que estão a sua volta.
Vamos falar sem medo dessa escuridão. O despertar precisa ser claro, limpo que os olhos voltam a brilhar. Porque você estara vivo para a vidae dela, ja poderá compartilhar. Traga com você toda a gratidão de poder viver e  ver a vida como ela é!
A vida não é mais uma caixinha de surpresas, na maioria das vezes desagradáveis. É um caminho de encantos, onde dificuldades, contratempos ou desprazeres são verdadeiras provas para o crescimento. Resultados inesperados, ou uma perda não quer dizer mais uma frustraçãoe sim uma lição a ser aprendida.
Quando decidios estar positivos, aberto e disponível a agir com nós mesmo e com as pessoas, começamos a descobrir que existe sim, momentos de felicidade e várias oportunidades que nos fazem despertar para novos caminhos.
Uma pessoa que ouve, certamente está aberta a felicidade. Ouvir é uma capacidade, que só adquirimos quando percebemos as nossas necessidades e a dos outros também.
É dificil de admitir, mas temos apego aos nossos problemas. O pior sofriento é o apego ao sofrimento. Muitas vezes estamos tão apegados aos problemas, que não sabemos como nos desfazer deles. Mas nos livrar dos problemas já é um momento de despertar.
Felicidade e infelicidade sempre andam juntas. Depende do que queremos despertar em nosso interior e em nossa vida. A escolha é de cada um. Decidir lidar positivamente com a tristeza, sem o uso de drogas, é resolver se aproximar dela, com a intenção de curá-la. Ao escutarmos a nossa dor, ela nos informa do que estamos precisando para me deixar. Assim, aos poucos, nos permitimos lidar com a dor e continuar crescendo em busca e encontro da felicidade.
Há certamente 2 tipos de seres humanos: as pessoas adormecidas e as despertas. Qualquer uma delas tem atitudes, comportamentos, caminhos e vivências diferentes. Não significa que uma seja melhor do que a outra. Significa que um caminho de um modo e outra caminha de outro.
Ontem, podia caminhar com as drogas, mas hoje não caminho mais. Será que é só isso? Com certeza que não! Sabe porque? Porque o caminho não é mais solitário, você passa a se relacionar com as pessoas, a se relacionar com você mesmo e com um Poder Superior que determina o caminho que deve seguir.
Despertas é saber entender, viver e não ter medos! Não ter medo de enfrentar a vida, não ter medo de sorrir. Despertar é viver a vida na sua forma mais poderosa, colocando carinho em todos os gestos e em todas as pessoas. Despertar é viver com alegria, é agradecer a Deus a cada manhã, pelo milagre da vida.
É ter maturidade para falar "EU ERREI", é ter ousadia para dizer "ME PERDOE", é ter sensibilidade para expresssar  "EU PRECISO DE AJUDA".
A cada dia que passar, você será mais apaixonado pela vida, e descobrirá que ser feliz é não ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para regar a tolerância, usar as perdas para aperfeiçoar a paciência, usar as falhas para trabalhar a serenidade, usar a dor para valorizar o amor e usar os obstáculos para abrir as janelas dos caminhos.

Jamais desista de você, e nem das pessoas, como eu também, não desisto!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

APRESENTAÇÃO

Sou Clarice Cardelli, psicóloga, com especialização em Dependência Química, e formação em Terapia Cogntivo Comportamental, atendendo pela Fluir Pscicologia.


Gostaria de informar a vocês, de que também participo voluntariamente da Campanha pela Vida contra as Drogas, em parceria com a Jovem Pan.

Este trabalho, acontece há 8 anos.

De que maneira?

A Campanha Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas atende pedidos de escolas, associações, instituições e empresas. Criada pelo presidente da Rádio Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho, em agosto de 2002, tem como objetivo levar às escolas depoimentos de quem usou drogas e está em recuperação e especialistas-psiquiatras, psicólogos, psicoterapeutas e psicanalistas – para explicarem o que drogas causam e porque provocam a doença mental chamada dependência química , de difícil e caro tratamento no Brasil.

Uma campanha com apoio da Lincx Serviços de Saúde. Uma campanha que defende: informação é arma poderosa contra as drogas.

Para quem quiser obter maiores informações sobre o meu serviço, aqui mesmo, vocês encontram meus meios de contato.
Terei o prazer em ajudá-los.



Clarice Cardelli

(011) 7318 7381

RELATO DE UMA MÃE....

A seguri, vocês terão acesso, a um depoimento de uma mãe.
Conforme vocês forem lendo, alguns se identificarão com algumas das muitas angustias, desespero, tristeza dessa mãe.
Existem muitas maneiras de ajudar um dependente químico: medicamentosa, acompanhada por psiquiatras especializados no assunto, psicológica também com profissionais especializados na area... É muito importante com esses pacientes, trabalharmos a parte espiritual.
E alguns casos, ajuda bastante, em outros não.... Se vocês estão curiosos para saber como termina o relato emocionante dessa mãe, em que tive o prazer de acompanha-la e ao filho também, começe a ler, e só termine, após ter conhecido o final dessa história!


Drogas....Nunca mais!

Na época eu morava no Barra da Tijuca,eu meu filho e minha irmã,tínhamos uma vida relativamente tranquila.As questões familiares nunca são 100% em qualquer família,ainda mais quando falta a figura de um pai.
Morávamos num condomínio e assim que meu filho então com 15 anos , começou a ter problemas na escola,pensei, como toda mãe que aquilo deveria ser "crise de adolescente".
Como a situação foi piorando com o passar dos meses,e o comportamento dele mudando demais,em casa ,na escola, com os amigos,fiquei apreenssiva,mas mesmo assim não queria enxergar o que todo mundo já estava cansado de ver:  Ele estava se drogando.
Meu calvário começou no primeiro surto,mesmo assim ,ainda achei que ele estava era doente com algum problema que poderia ser tratado com psiquiatras.....
Depois de várias idas aos consultórios,tomando vários medicamento,eu ainda não queria aceitar que ele estava era se drogando.... Os amigos,vendo a minha triste situação,e o nosso desespero,nos aconselharam a interna-lo numa clínica!
Fiquei revoltada com eles,cheguei a me indispor com todos que tinham a coragem de falar uma coisa dessas!Como poderiam falar assim tão claramente que meu filho era um drogado? Meu filho não! O filho que eu tanto amava estava doente,precisava de cuidados médicos mas não de uma clinica de adictos.
Esse foi um dos dias mais tristes de minha vida.... mas não o pior..........

Não me tornei uma especialista em DQ , mas posso relatar a outras famílias a minha experiência.

No primeiro surto do meu filho, ele via vultos, via bichos, via o pai q já tinha morrido, não falava nada com nada, ainda assim achei que ele estava doente, com algum problema ,mas não que estivesse fazendo uso de drogas. Pq isso parece acontecer com qquer um menos com vc. Como estava enganada, ele fumava todos os dias e muito, ele usou extasy daí foi o caos dentro de casa, a DQ não é uma doença contagiosa mas contamina toda a família, todos ficam vulneráveis a ela..... Eu sempre fui uma mulher forte determinada mesmo, e decidi q não perderia meu filho para as drogas e começou a guerra q digo sempre Espiritual, me agarrei com todas as forças nas mãos de Deus e fui a luta, sofri mas sofri muito cada internação do meu filho foi como se tirassem um pedaço de mim... mas perseverei até o fim.....

Internar meu filho unico numa clinica que para mim era de loucos, nunca.... E foi triste, muito triste pq eu não conhecia nada de clinicas de DQ e ele foi para uma clinica psiquiátrica, e nesse dia essa internação q foi uma das piores, a impressão q eu tive era que eu não ia resistir, a dor q eu senti em deixar meu filho ali naquele lugar, não dá para descrever e eu mal sabia que haveria ainda muitas dores piores que aquela....

Ali começou meu calvário..... Depois de 17 dias ele teve alta e quando saiu a primeira coisa que fez foi usar mais drogas, passei um ano internando meu filho naquela clinica e foi a pior coisa q eu poderia ter feito, ele saia e fazia mais uso das drogas que foram ficando cada vez mais fortes....

Ele já não tinha mais controle, minha vida começou a desmoronar e eu perguntava até quando eu iria agüentar ...

Eu, sempre pedindo a Deus que me orientasse, para achar uma clinica adequada para ele, e sempre usando a minha Fé porque eu tinha certeza que Deus era comigo....

Meu filho passou a ficar violento, foi qdo percebi que não era mais a maconha e sim a maldita cocaína, ai foi quando eu quase surtei também.... Ele passou a sumir de casa virava as noites e mesmo com todo meu esforço de andar atras dele, eu já não estava mais conseguindo acha-lo, pq ele já estava indo procurar nas favelas e daí eu perdi o controle, pois como achar um filho nessas condições... Passei a ter pavor de atender o telefone e de alguem bater na minha porta com má noticia, eu já não raciocinava mais. Um dia num total desespero ele desaparecido eu clamei a Deus por socorro, e implorei que Ele me ajudasse a encontrar uma clinica especialista em DQ, e depois de passar uma noite orando eu encontrei uma clinica a JJ. Para mim

ali seria o lugar que meu filho iria se recuperar.... Mas ainda tinha muito chão pela frente, ele ficou ali 2 anos internado e quando saiu recaiu em 4 dias, foi a morte pra mim, internei de novo ele ficou mais 1 ano e 6 meses, qdo saiu recaiu em 8 dias, ao todo foram 18 internações várias fugas, cada fuga que eu tbm não sei como resisti me ligava no meio da noite pra ir busca-lo já drogado e eu internava de novo ......... E o pavor dele ter alta, um dia ele teria q sair e esse dia chegou, eu ainda morava na Barra, e ali ele começou de novo a se drogar....

Até o dia que eu resolvi mudar de lugar, sair do habitat dele, todos diziam q eu era doida de mudar de lugar, mas senti no coração q seria o melhor e fiz do meu jeito....

Sai da Barra da Tijuca e vim morar em Cabo Frio, vim pela Fé....

Aqui procurei o N.A. não deu certo.... ficava na porta esperando, pra ele não sumir.

Então disse a ele que daria uma ultima chance ou ele ia pra Igreja comigo, pq sempre fui Evangélica ou então se ele recaísse o colocaria na rua e não queria mais vê-lo....

E ele foi para igreja, no começo meio arrastado, mas ia.... sendo que eu queria mais.... eu queria ele firme numa igreja e depois de 3 anos limpo, hoje ele esta com 25 anos,  posso dizer q ele ta firme na Igreja morando em Petrópolis , hoje meu filho é uma benção é um obreiro de Deus, mudou literalmente seus hábitos, valores tudo.....

E o q eu posso dizer é que tem solução mas q essa solução vem de Deus pq só Ele pode mudar uma pessoa e fazer nova criatura, eu posso dizer q meu filho estava morto e que renasceu das cinzas...

Hoje posso dizer q estou feliz aquele pesadelo aquele pânico está esquecido....

E agradeço todos os dias a Deus........... Meu filho é um milagre !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Martha

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CO-DEPENDÊNCIA

Os co-dependentes químicos, são seres humanos, visivelmente afetados, na maior parte das vezes, até fisicamente, pela convivência com um ou mais dependentes químicos. E tem uma enorme dificuldade em pedir e aceitar ajuda.
É o familiar, o colega de trabalho, o chefe, o amigo, é o vizinho, e todos que procuram remover as conseqüências dolorosas do abuso de drogas do dependente, para e pelo dependente, com a intenção de minimizar ou de esconder o ocorrido, facilitando a vida do dependente químico.
As familias ficam assim, sem identidade!
Todo aquele que está emocionalmente ligado e oferece seus sentimentos e sua vida para "proteger seu dependente", visando impedir que comportamentos anti-sociais tornem-se transparentes, é um co-dependente.
E o co-dependente que age assim, escondendo os fatos que se constituem numa vergonha para todos por total desinformação, imagina que está ajudando, na realidade está ajudando a que possíveis pedidos de tratamentos e/ou internação sejam adiados.
É o famoso "CARROSSEL DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA: no centro, o dependente químico agindo e ao redor... os co-dependentes estão reagindo, todos estão vivendo em função do dependente. O dependente se droga, fica doidão e os outros reagem a sua drogadição e as suas conseqüências, o dependente responde as essas reações e se droga novamente, estabelecendo o carrossel da dependência química.
Os co-dependentes precisam ter coragem de colocar limites, fazendo parar de girar o Carrossel e de desligar-se emocional mente do dependente, e sentindo seu próprios sentimentos e vivendo suas próprias vidas.
A partir da aceitação da co-dependência, realizam o maior ato de amor, conscientizaram-se de que a melhor ajuda e única possível é a mudança de nós. Fortaleceram-se. porque compreenderam, o que não é firme não pode servir de apoio.
 
Os co-dependentes se fazem muitas perguntas:
Se a pré-disposição orgânica para desenvolver o abuso de drogas é do meu familiar, filho ou filha, como é que sou eu que preciso de ajuda ?
É meu marido ou minha mulher quem bebe, porque eu devo me tratar?


Se voce se identifica com o que foi escrito anteriormente, se dê o direito de refletir, atraves de algumas dessas colocaçoes:
1- Você, ja ficou acordada a noite esperando que seu filho ligasse ou voltasse cedo da rua, mesmo sabendo que ele nunca liga ou chega antes que amanhceça?
2- Você ja foi atrás dele, para busca-lo, preocupado o que poderia acontece com ele?
3- Você acreditou nele, quando ele jurou que iria parar, mas logo você sentiu-se com raiva e enganada porque ele nao parou?
4- Você abandonou sua rotina, porque "precisa" preocupar-se com seu filho?
5- Você deixou de lado as coisas que lhe davam prazer, porque precisava "cuidar"do seu filho?
6- Você acaba sempre dando dinheiro, por medo, do seu filho se "meter em mais confusão" ou para evitar retaliações por parte dele?

Se após esse momento de reflexão, vc se identificou com 2 ou mais das questões acima, considere a possibilidade de estar assumindo o papel de co-dependente dentro da sua familia. Nesse caso talvez, você precise de ajuda para enfrentar esse problema.


 



domingo, 15 de agosto de 2010

TABAGISMO


O cigarro contém mais de 5.000 substâncias químicas, dentre as quais pelo menos 50 são comprovadamente cancerígenas. Dentro do cigarro, a substância que torna o individuo dependente é a nicotina. A dependência e abstinência da nicotina podem desenvolver-se com todas as formas de uso do tabaco (cigarros, cachimbos, charutos, e fumo mascado).Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos.

Os principais efeitos da nicotina no Sistema Nervoso Central são: elevação leve no humor (estimulação) e diminuição do apetite. A nicotina é considerada um estimulante leve, apesar de um grande número de fumantes relatarem que se sentem relaxados quando fumam. Essa sensação de relaxamento é provocada pela diminuição do tônus muscular.

Essa substância, quando usada ao longo do tempo, pode provocar o desenvolvimento de tolerância, ou seja, a pessoa tende a consumir um número cada vez maior de cigarros para sentir os mesmos efeitos que originalmente eram produzidos por doses menores.

Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, podem sentir fissura (desejo incontrolável por cigarro), irritabilidade, agitação, prisão de ventre, dificuldade de concentração, diurese, tontura, insónia e dor de cabeça. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de uma ou duas semanas.

A tolerância e a síndrome de abstinência são alguns dos sinais que caracterizam o quadro de dependência provocado pelo uso de tabaco.
Qualquer um, sem exceção, largaria imediatamente se isso não lhe trouxesse sofrimento. Que ser humano encontra prazer na escravidão? Não vamos nos iludir, o fumante só não larga o cigarro por uma razão: não consegue. Não encontra forças para vencer a dependência. A síndrome de abstinência da droga desnorteia o coitado. Quando ela vem, a vida veste seu manto cinzento, e o corpo entra numa agitação crescente, implacável. É difícil, de acreditar que o cigarro mata, mesmo sabendo de alguém,lido em alguma revista ou ter visto acontecendo com alguém, simplesmente, porque não aconteceu com agente. Mas quem é a droga? Nós ou o cigarro?

Enquanto fumamos provamos o quanto não temos forças prá lutar contra o vício. Ou o quanto somos corajosos por nos matarmos um pouco a cada tragada. A mesma fraqueza e/ou coragem do suicida.

Pare de fumar para viver uma vida mais saudável no presente e no futuro, ao lado de todos que você tanto ama.



A seguir, vocês terao o relato de um paciente, que procurou a Instituiçao, em busca de ajuda

Identificaçao: M
Idade: 30 anos

"Perdi a vontade de fazer as coisas. Só faço quando estou sob efeito de quimícos."

Paciente inicia seu relato, dizendo que faz uso diário de maconha há mais ou menos 10 anos, e que a 1 vez que experimentou, foi com os colegas aos 13 anos. Relata que tem sempre maconha em casa, e que qundo esta passando o efeito da droga, já fuma outro cigarro, para nao perder o barato que ele sente.
Realata ser usuário de cocaína desde os 13 anos, e que tornou-se usuário após casar-se com a sua 1 esposa., pois ela também era usuária, e passavam os dias cheirando em casa. Paciente, relatou, que não consgeue passar  mais do que 3 dias sem cheirar, e que quando esta em juízo perfeito, consegue perceber que fica agressivo, que passa umas loucuras pela cabeça ("minha mulher esta me traindo"). Relata que quando esta sob efeito da cocaína, os amigos que também são usuários, sentem-se ameaçados, e que a mesma coisa que acontece com a maconha acontece quando esta sob efeito da cocaína, só que um pouco piorado, porque vê e escuta coisas, e que há mais ou menos 6 anos nao consegue ficar mais sem a cocaína.
Relata que seu 1 uso de ecstasy e LSD, foi em 2001, e que hoje, só faz uso, quando vai a festas raves. Afrma que o uso de ecstasy assim como o do LSD, é uma consequencia por ter usado a cocaína, e que após usar as 2, volta novamente para a cocaína.
Realata que quando usa a cocaína, nao faz mais uso de maconha, porque esta nao lhe dá mais o efeito desejado.
Afirma que nao gosta muito de álcool, mas que usa para poder estar nos lugares.
Nega uso de tabaco.
Relata ser um trabalhador autônomo, e que isso faz com que só va trabalhar quando quer, e que com o dinheiro que ganhava, revendendo carros, usava para comprar drogas, o que acabou por atrasar os pagamentos das contas.
Relata que quando esteve sob efeito da droga, ja chegou a a quebrar a casa, o carro.
Realata que começou a perceber que tinha perdido o prazer da vida há 1 ano e que quando esta sem fazer o uso de drogas, não tem vontade de fazer nada, a não ser dormir. Diz, ter vontade de se isolar do mundo e de não querer falar com  ninguem.
Paciente, em seu atendimento, relata que sempre foi uma pessoa que gostou de praticar esportes, e que hoje, est irreconhecivel, e acha que seus amigos devem estar assustados com o modo de vida que esta levando, porque sabe que perdeu a própria identidade.
Paciente afirma ser uma pessoa compulsiva, e que percebe que ao fazer o 2 uso, nao consegue pensar em ninguem, uma loucura só.
Hoje, paciente relata ser casado com outra pessoa, e que essa atual esposa, desistiu de conversar com ele, sobre a procura de um tratamento porque ele nao a ouvia, e que a uica pessoa de fato que ele escuta é o pai.
Relata que tem muito medo do que possa acontecer na próxima vez que usar, demosntrando um certo receio de morrer.
Hoje, paciente afirma que esta disposto a parar o uso de drogas, e que se preciso for ira se internar.
Paciente, relata que seu ultimo uso de cocaína começou na quarta passada e só terminou  6 dias depois.
Realata que tem dias da semana que não sai de casa, porque tem medo da rua, e que para conseguir dormir, comer precisa usar a maconha e que antes de vir para cá, a procura de ajuda, chorou muito porque é muito dificil ficar sem usar a droga.
Relata ter consciencia, de que quando esta sob efeito de drogas, torna-se perigoso para a sociedade, a ponto de agredir qualquer pessoa que tentar impedi-lo de fazer o que tem vontade.
Relata que antigamente era ele quem curtia com as drogas, e que atualmente as drogas é que estão curtindo com a cara dele.
Relata ter 3 filhos,de casamentos diferentes, e que desconfia de que a filha mais velha, atualmente com 9 anos, por ser mais esperta, ja desconfia.
Afirma que se nao mudar esse quadro, vai perder as pessoas que mais gosta: esposa, filhos, pai e irmã.

sábado, 14 de agosto de 2010

Álcool: A Droga Incentivada

Se droga fosse ruim, ninguém se viciaria.

Ninguém se vicia em martelada no dedo... talvez os masoquistas.
Toda droga tem uma força extremamente forte, tem um departamento de marketing tremendamente eficiente mostrando as maravilhas alcançadas pelo seu uso.

Bem, a princípio, realmente a droga parece fantástica, torna a pessoa descontraída, simpática, auto confiante e por aí vai...

Mas depois, com o tempo, ela (a droga) começa a se sentir mais segura e vai tornando-se exigente, ranzinza, mal humorada, até que ela não tem mais medo de ser abandonada e pronto, você está nas garras dela. Daí em diante o comando muda de lado, não há mais escolha, você não é mais livre, você depende dela. Agora ela é sua dona e já pode mostrar seu verdadeiro caráter...

Ela quer sua vida, ela vive através de você e o lado negro que agora aparece pede o seu aniquilamento, a sua destruição, você está condenado por ter se tornado mais fraco que ela.

Todas as drogas agem de maneira similar, porém, no caso do álcool, a dificuldade é muito maior.

Existem os bebedores pesados, que fogem de si próprios através da bebida e existem os alcoólatras.


Os primeiros conseguem parar de beber, os segundos, podem ficar anos sem beber, mas quando bebem não conseguem tomar um copo só, eles não são viciados, são doentes. Existe uma predisposição orgânica e fatores psíquicos ou de personalidade que favorecem sua instalação. O organismo “defeituoso” que não sabe “lidar” com o álcool, não o elimina adequadamente e vai se habituando progressivamente a funcionar sob intoxicação chegando a um ponto em que, se não receber mais álcool, perderá inteiramente a capacidade de ação. Agora o indivíduo está em dependência química, é alcoólatra.

O álcool é a porta de entrada para todas as outras drogas, conseguiu o 2º lugar como causa de morte, é responsável por 75% dos acidentes de trânsito, 45% das internações psiquiátricas, pode levar ao suicídio, causar invalidez precoce, destruir lentamente o físico e por aí vai...

Mas o “lado bom” do álcool, é que ele não tem preconceito, ele atinge qualquer pessoa de qualquer classe sócio econômica com a mesma dedicação e intensidade.

O mais assustador é que, de cada 100 pessoas, de 12 a 15, tem esta doença.

Como saber e como evitar? Qual a forma de se combater as drogas, principalmente o álcool?

Conscientização.

O álcool, de todas as drogas, é a mais perniciosa e dissimulada. Ele é visto de uma maneira simpática e é até incentivado na sociedade, como um remédio fantástico para liberar as pessoas. Inclusive é considerado um símbolo de masculinidade e neste país, onde o machismo é incentivado, as mulheres tendem a se portar como os homens para sentirem-se liberadas.

O que tem acontecido? Um número muito maior de mulheres desenvolveram o alcoolis-mo. A juventude também está sendo atingida cada vez mais cedo, na busca de se sentir adulta e dona de si. Qual o resultado? O alcoolismo, que se instala lentamente, tem um campo fértil para se desenvolver.

Se quisermos uma vida melhor para nossos jovens, não adianta culpar o mundo, o mundo é um reflexo de nossas atitudes. Adianta sim, conhecermos o inimigo, tomarmos ciência de sua força e agir.

Se uma criança tem tendência a dependência do álcool, que ela não seja incentivada pelo desco-nhecimento de seus pais. Muitas vezes, uma brincadeira aparente-mente inocente, pode despertar um monstro adormecido. A única saída é a conscientização.

“Sozinhos não podemos mudar o mundo”. Talvez sim, talvez não. Mas podemos tentar.

Entretanto, as grandes mudanças sempre começam na cabeça de alguém, que teve uma idéia, colocou em prática e contaminou os outros.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ADICÇÃO

A tarefa de definir adicção tem desafiado médicos, juízes, padres, adictos, suas famílias e as pessoas em geral, por toda a história. Existem tantas definições potenciais quanto existem grupos com interesses em definir adicção. A questão, inclusive, começa logo ao se nominar a doença: dependência química ou adicção, dependentes químicos ou adictos. Não importa, a verdade é que essas definições enfatizam coisas tais como dependência fisiológica, dependência psicológica, dinâmica familiar, problemas comportamentais e moralidade. Ainda assim, definir adicção, é sem dúvida importante para o processo de recuperação.
“Adicção” é uma condição na qual uma pessoa desenvolve bio-psico-social dependência, com qualquer droga alteradora de humor. Uma adicção leva uma pessoa a usar droga para conseguir uma gratificação a curto prazo. Mas existe um preço a ser pago. A longo prazo, a adicção é acompanhada por obsessão, compulsão e perda de controle. Quando não está usando, a pessoa que sofre de adicção está pensando, planejando ou procurando usar novamente (isto é obsessão).

O uso interfere com a maneira de viver, mas existe uma compulsão ou necessidade avassaladora para usar novamente, apesar das conseqüências dolorosas a longo prazo. A pessoa adicta usa a droga para aliviar a dor criada pelo seu uso. Assim o contínuo uso do químico leva ao contínuo uso do químico – isto é adicção.

Adicção distingue-se de uso de droga pela falta de liberdade de escolha. Usar uma substância alteradora de humor é uma escolha.
Adicção é uma condição que tira da pessoa a escolha, data e freqüência, quantidade e natureza do uso
Toda adicção começa com o uso, mas nem todo uso leva a adicção!
Sensível e desconfiado por natureza, o dependente químico está sempre exagerando na dose, e que dose! E, uma vez tendo começado a usar (beber, cheirar, fumar) parece querer acabar com toda a droga existente (álcool é droga) no mundo. Sua sensibilidade lhe diz que alguma coisa está errado, mas ele desconfia de qualquer tentativa de aproximação, e se isola no seu conflito, querendo resolver seu quebra-cabeças sozinho, fingindo ignorar a tragédia que se aproxima, agarrando-se desesperadamente à convicção de que desta vez será diferente. Ele vai conseguir controlar e provar para todo mundo e para si mesmo que não é um “viciado”. Apenas se descontrolou algumas vezes, é lógico, tinha bons motivos para isso

Já deu prá notar as desculpas tão nossa conhecidas, não é? Descontrole, perda da família, de empregos, dos amigos, uma profunda insatisfação diante da vida, sentimentos de solidão e constante estado de eminência de morte são comuns ao dependente químico.

E temos dependentes nos diversos segmentos da sociedade, expondo a todos, aos riscos advindo do seu comportamento angustiado e irresponsável.

Temos brancos, negros, mulatos, etc... e ainda poderão ser ricos, classe média alta, média, média baixa, pobres, muito pobres, paupérrimos e mendigos. Poderão ser homens, mulheres, homossexuais, bissexuais, sem escolha definida ou assumida, não importa.

A todos, a dependência química poderá atingir. Essa doença que mata, mas desmoraliza antes, é progressiva – ninguém começa tomando uma caixa de cerveja, fumando vinte cigarros de maconha por dia, nem cheirando dez gramas de cocaína numa noite. O uso progride. E além disso, é incurável. Mas, o fato de não ter cura, não significa que é impossível tratá-la. É possível sim. O tratamento existe e a recuperação também.

Convém sabermos ainda, que esta doença afeta aqueles que convivem com um dependente de forma muitas vezes tão intensa que os leva a desenvolver um comportamento semelhante, e por isso, o familiar deve e precisa de tratamento similar.


VOCÊ NÃO É CULPADO PELA DOENÇA, MAS É RESPONSÁVEL PELO SEU USO DE DROGAS

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A ESCRAVIDÃO

Imaginem que o dependente químico na ativa, viva num país como pessoas escravizadas e, que o senhor seja a DROGA e o seu VIVER é o pior possível. Mas esse país é o nosso ser, íntimo, mente, sentimentos, e como chegou a esse ponto de ser escravo e como vai chegar a conquistar a sua liberdade no dia-a-dia.
O  indivíduo não consegue mais ficar sem usar drogas.
Não há mais OPÇÃO: o indivíduo não escolhe se vai usar drogas ou não. A doença lhe tirou essa liberdade. Perceber a presença da doença e se responsabilizar pelo tratamento é o primeiro passo em direção à recuperação. É preciso escolher a mudança e buscar ajuda para efetiva-la. Não resolve olhar o passado para achar um culpado.










quarta-feira, 11 de agosto de 2010

APRESENTAÇÃO

Olá...
Após o texto de abertura deste blog,seria interessante a vocês, leitores, uma apresentaçao.
Sou Clarice Cardelli, psicóloga formada pela PUC-Rio, Especialista em Dependência Quimica, pela UNIFESP, com experiência de alguns anos na área. Sou Conselheira em Dependência Quimica, e com  formação em Terapia Cognitivo - Comportamental.
Participo, voluntariamente, da Campanha Jovem Pan pela vida contra as drogas, participando de palestras em escolas do Estado de São Paulo.

Para aqueles, que tiverem interesse, me disponibilizo para realizar palestras, em escolas, empresas, ONG`s....


Para maiores contatos, informaçoes, abaixo seguem os meios, pelos quais, vocês conseguirão me encontrar:

Fluir Psicologia



Rua Estella, 515 Bl H cj 12 Paraiso


Tel: 5575 2058  5573 2023 ou 7318 7381


site: www.fluirpsicologia.com.br


e mail (para contato): ccbgpsi@gmail.com



Filho preciso conversar com você um assunto muito sério: drogas.




Resposta do filho:



Tudo bem pai. Do que vamos conversar? Maconha? Eu sei um “pouquinho” o que é. Cientificamente é chamada de Cannabis Sativa, originária da Ásia Central. Seu princípio ativo que provoca a “viagem” é chamado de THC (Tetrahidrocanabiol) – neste momento o pai tenta interromper, mas não consegue –. Aqui no Brasil, continua o filho, ela é considerada uma droga ilícita e quem vende é preso como traficante. Mas se o senhor não quiser conversar sobre maconha, podemos falar sobre a cocaí... – Neste momento o pai interrompe e diz: deixa para depois filho.

É claro, que este diálogo é fictício, mas é bem provável que ele já tenha acontecido em muitos lares brasileiros. Na realidade, o que quero é iniciar de um jeito não muito formal um assunto bastante sério e amplamente difundido hoje em dia: Drogas. No entanto, o que se percebe é que apesar desta grande difusão de informações o resultado não tem sido o esperado, pelo contrário, a cada dia tem aumentado o número de dependentes químicos. E o que mais preocupa nesta situação é que os jovens são, cada vez mais, os maiores usuários de drogas.

O que a sociedade brasileira deve fazer para acabar com este mal? Quais as ações que necessitam de ser tomadas?

Não tenho a pretensão de resolver estas questões (bem que quería). Na realidade o que desejo é ir de encontro aos dependentes químicos, mostrar os vários fatores que podem levar a dependência, a importância da famílía, tanto quanto parte do tratamento como pilar de sustentação.Para se começar qualquer movimento no sentido de tratar a questão: dependência química, suas implicações diretas e indiretas a sua afetação na sociedade como um todo, é preciso antes de mais nada, que nos livremos de todo e qualquer preconceito para então ter condições de avaliar uma outra informação com a mente aberta.  Para realizar este trabalho utilizarei algumas pesquisas e trabalhos já realizados, artigos, reportagens, vídeos, alguns relatos, e entrevistas. Por isso, peço que acompanhe e divulgue este blog, pois quero que de alguma forma ele auxilie quem está no mundo das drogas, além de impedir que outros entrem.